O ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campelo afirmou nesta terça-feira (15), durante depoimento na CPI da Covid, que avisou o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, dos problemas da falta de oxigênio no estado no dia 7 de janeiro, três dias antes do que afirmou à comissão o ex-titular da pasta.
Por cerca de sete horas, ele respondeu aos senadores sobre a crise de oxigênio no estado, as medidas adotadas para tentar contornar o problema e os pedidos de ajuda ao governo federal.
O estado do Amazonas já se destacava como um dos estados com maior incidência de covid desde o início da pandemia. No começo do ano, a imiência da falta de oxigênio para tratar pacientes nos hospitais fez a Secretaria da Saúde do Amazonas procurar o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
"Fiz uma ligação ao ministro Pazuello por telefone no dia 7 de janeiro. A partir daí nós tivemos contato por mensagens", contou Campelo. O ex-secretário esclareceu que pediu a Pazuello nessa ligação apoio logístico para o transporte de oxigênio de Belém para Manaus. "Somente aeronaves militares poderiam fazer esse tipo de transporte."
A fala de Campelo contradiz aquilo que foi declarado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI. O ex-titular da pasta alega que soube do risco iminente de colapso no sistema público de saúde em Manaus (AM) em 10 de janeiro, quatro dias antes do colapso.
Campelo se licenciou do cargo no dia 7 deste mês depois de ser preso em uma operação da PF (Polícia Federal) no Amazonas. Ele é investigado por supostos desvios de verbas da Saúde durante a pandemia do novo coronavírus.
Ele também relatou a participação da
Marcellus contou que o governo do Amazonas sofreu pressão
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o ex-secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou que a decisão de revogar o decreto que estabelecia medidas restritivas para conter a disseminação do novo coronavírus no Amazonas, publicada pelo governo Wilson Lima (PSC), foi tomada devido a pressão popular. As medidas foram revogadas em dezembro do ano passado, segundo Campêlo, sem aval da secretaria de saúde do Estado.
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